sábado, 28 de fevereiro de 2015

Sim, nós crescemos no contato com a Natureza!


“A vida primordial em nós reage
 de forma bastante precisa
 aos nossos ambientes.”
 Henryk Skolimowski

A vida contemporânea alienou nosso chamado interno pela convivência com a natureza. Abandonamos o privilégio de exercer nossa busca por vitalidade.



Hoje, sentimos falta de ambientes e formas de viver que alimentam o nosso Ser...

As plantas são os mais belos recursos que a Terra oferece para que possamos abrir o campo da consciência e co-evoluir. Sem estes seres sensíveis, impregnados de luz e amor, não teríamos chegado até aqui: alimentos, vestimentas, medicamentos, escritos, embarcações, construções, cidades e até combustíveis...

Criamos ambientes urbanos em cidades que não respiram. Pelo contrário, consumem muito das nossas reservas internas de energia. Poucas são as oportunidades de regeneração pelo contato com as paisagens originais.

A vida acinzentada nos centros urbanos acumula diversos tipos de tensões. Torna indivíduos insensíveis, intolerantes e violentos. Por isso, estamos frequentemente sujeitos às intoxicações produzidas pelo estress de estilos de vida mais agressivos. 

Pouca gente fala sobre isso, mas a importância dos vegetais no processo de cura da Humanidade é fundamental... 

Possuímos a mesma herança ancestral! Somos parte de um idêntico movimento de uma mesma jornada, nesta mesma vida! 

De fato, há uma irmandade com o Reino Vegetal, que funciona com uma espécie de irmão mais velho em auxilio a nossa jornada na direção da luz e da evolução. Sua presença interage e recorda em nós a necessidade de viver com plenitude.

Vejamos alguns pontos de comunicação:

Complementaridade com o Reino Vegetal


No equilíbrio orientado pela biodiversidade do Planeta em que vivemos: nada existe sozinho! Acreditem, não há romantismo nenhum nesta assertiva! Complementamos, uns aos outros.

Co-existimos de modo harmônico e interdependente, para manifestar a beleza da vida. 

Quer exemplos?

1.Fotossíntese


Através da fotossíntese, os vegetais captam energia solar para transformá-la em clorofila: o sangue verde. Enquanto isso, Seres humanos e animais precisam dessa energia para se locomover, interferir na realidade e construir novas formas de viver. 

Ao consumir clorofila, o corpo humano obtém a energia solar e enriquece o nível de hemoglobina: o sangue vermelho.

Pesquisadores modernos observaram que a hemoglobina vermelha reconhece a clorofila verde como um só sangue! Veja na imagem abaixo! São regidas pela mesma composição!

A única diferença é que a clorofila contém magnésio, enquanto a hemoglobina é composta por ferro.

2.Respiração



Enquanto plantam praticam fotossíntese, Humanos e animais dominam a técnica inversa: respiração. 

Através da respiração, caminhamos em equilíbrio com o Reino Vegetal: recebemos oxigênio e libertamos o gás carbônico que as plantas precisam.

A função das plantas é retirar gás carbônico do ar para combiná-lo com água. Pela manhã, criam o oxigênio que necessitamos para respirar. À noite, se alimentam do dióxido de carbono e regulam a presença deste elemento raro na atmosfera.

3. Identidade com o corpo interno da natureza


Os vegetais traduzem elementos presentes nas profundezas do solo e, depois, nos oferecem em forma de alimento: frutas, raízes, folhas, tubérculos, flores.

Pacová e suas flores comestíveis (também conhecido como falso-cardamomo).
Desse modo, as plantas representam um elo de ligação constante com o corpo interno da Natureza. Ao nos alimentar dos frutos carregados de informação da terra, nossos corpos crescem e evoluem.

“Os microorganismos decompõem as substâncias químicas do solo e as tornam aceitáveis para as plantas, que são capazes de sintetizar os carboidratos do ar, da chuva e da luz solar. Nem o homem, nem os animais podem sintetizar sozinhos as proteínas de que precisam a partir dos elementos.” (A Vida Secreta das Plantas, p. 261). 

O gesto de cultivar e produzir nossos próprios alimentos permite exercer uma troca energética muito mais poderosa. A força humana de enriquecer o solo e torná-lo sadio contribui diretamente para o fortalecimento das vidas entrelaçadas ali.


Além de nos ofertar energia, oxigênio e alimentos... O Reino Vegetal também possui a função especial de libertar a nossa criatividade e acordar nosso coração... 

Com isso, percebemos que a presença dos vegetais vai um pouco além da complementariedade biofísica, restrita à produção de matéria e energia:

“É nas plantas que estão os segredos.
Para descobri-los, você tem que amá-las muito”
 George Whashington Carver, A Vida Secreta das Plantas.

A presença curativa



Atualmente, a função vegetal de auxílio vai muito além do plano material. Sua presença recorda a nossa essência vibratória original e agiliza um processo de resgate para que possamos voltar a enxergar a beleza no fluxo da vida... e exercitar a compaixão!


O principal ensinamento é sobre Unidade.  Esta complementaridade entre os Reinos esclarece que somos parte de um mesmo movimento, cifras de uma mesma música...

Segue trecho de mensagem canalizada por Pamela Krribe:

“Sinta, por um instante, a interação entre seres humanos e a natureza dentro das árvores. Sinta que a árvore gosta e fica feliz com a sua presença, pois esta põe algo em movimento, que é simplesmente o fluxo do amor. É isto que você é, na verdade, e que afeta profundamente a árvore. Você pode perceber isto facilmente no seu próprio ambiente, no seu jardim, nos seus animais de estimação. Quando você interage intimamente com eles, eles lhe dão algo em troca.”

Nossos estilos de vida ignoram esta percepção! A ignorância cria a ilusão de não pertencer ao TODO, o que gera uma sensação de separação e isolamento. 

Por isso, a depressão, considerada “o mal do século”, é uma doença tão comum atualmente. Uma espécie de morte reflexa da falta de Amor e, principalmente, da ausência do sentimento de União com a Vida da qual fazemos parte. 

O sentimento de solidão é a mais completa perda do instinto de comunhão com a natureza, adormecido no inconsciente de cada um de nós...

O resgate do inconsciente ecológico


Os estudos da Ecopsicologia chamam de inconsciente ecológico a conexão intimidade interior com a sabedoria natural. Sim, todos nós o temos!

 O conteúdo desse inconsciente representa o registro vivo de toda a linhagem na evolução cósmica da qual descendemos. O contato com as florestas, as montanhas e as áreas selvagens acorda o inconsciente ecológico e proporciona a cura por meio do verdadeiro encontro com o Ser original... 

Libertamos nossas emoções estagnadas, angústias, medos frustrações. Trocamos a sensação de tensão, tão constante na vida moderna, por serenidade da contemplação... 

Nos momentos em que conseguimos acessar o conteúdo ancestral do nosso inconsciente ecológico, despertamos para a alegria de viver intensamente! 

Áreas selvagens são provedoras de vida, num sentido fundamental da palavra. Selvagem é a cura pela liberdade de ser quem você realmente é, sem máscaras, sem conceitos pré-estabelecidos por sistemas de pensamento dominantes. 




Quando nos entregamos à força dos ambientes autênticos, frutificamos em amor e criatividade! Crescemos!!! Libertamos o poder da consciência como a expressão viva da trajetória do nosso ser... 

Despertar como Ser humano é o caminho da essência original que sustenta e orienta a vida em cada um de nós... 

Portanto, re-descobrir nossa Humanidade nas florestas, nos riachos, lagos, cachoeiras, mangues, brejos, praias, cavernas... é a chave para abertura interdimensional dos nossos canais de conexão com a natureza! 

“O sentido metafísico das florestas tem a ver com a qualidade dos espaços florestais destinados à tranqüilidade de nossas almas. Esses espaços são de silêncio, de sanidade, de nutrição espiritual – dentro deles nosso ser fica reconfortado e em paz.” Henryk Skolimowski 

A vida vegetal organizada com outras formas de vida, do modo mais espontâneo e organizado possível! Bem ali, diante dos nossos olhos... 

E nos entregamos à sua oferta de Amor com reverência e respeito. E nos permitimos ouvir a sua música, sem ouvido e sem som. Na mais plena quietude da nossa existência. Acessamos a vibração mais profunda do nosso ser, independente ao uso de qualquer substância externa! 


O nome disso é lucidez! É silêncio e saúde! É estado de presença... 


Gratidão pela relembrança de que somos Unos com as forças elementares da vida! Gratidão por existirem espaços vivos que acessam a memória celular das nossas origens!!! 

Por meio destes espaços, habitamos uma comunhão com a totalidade e a nossa alma respira!
É isso o que nos alimenta, de verdade! Alimento vivo da melhor qualidade... rs

Com amor,

Aline Chaves
Educadora para a Sustentabilidade


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