3 FORMAS DE TRATAR A CANDIDÍASE
A infecção parece difícil de curar, mas o tratamento adequado e cuidados específicos com o corpo e a mente podem fazer com que as crises da doença fiquem no seu passado
Texto: Romulo Osthues/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Letícia Maciel
A candidíase vaginal geralmente acomete poucos dias antes da menstruação
quando a vagina está mais ácida Foto: Shutterstock |
MEDICAMENTOS E CREMES
É causada por um fungo (Candida albicans) presente na pele de cerca de 70% das pessoas. Por volta de 20% das mulheres o têm na vagina sem que a doença se manifeste, exceto quando as defesas naturais caem e, finalmente, ocorre a infecção. Atitudes auxiliares na prevenção seriam: usar roupas ventiladas (menos calor e umidade) e evitar o estresse.
“A candidíase vaginal geralmente acomete poucos dias antes da menstruação quando a vagina está mais ácida e costuma se aliviar com a chegada dela”, explica Luciano Pompei, ginecologista e professor da Faculdade de Medicina do ABC (São Paulo). O tratamento é geralmente feito por meio de antifúngicos em duas apresentações, por via oral e por cremes ginecológicos. “Há mulheres que manifestam a candidíase de repetição. Nesses casos, deve-se tratar o parceiro também e, muitas vezes, pode ser necessário o uso de antifúngicos por tempos mais prolongados”, destaca o médico. “Não se automedicar. Antibióticos ou cremes com antibióticos podem não resolver ou até agravar o quadro”, completa. O ginecologista: Luciano Pompei.
FITOTERAPIA
De acordo com Patrícia Machado, médica acupunturista e fitoterapeuta, os fitoterápicos mais estudados para o tratamento da doença são a Echinácea e a Hidrastis. Porém só devem ser usados após orientação de especialista — o uso de fitoterápicos exclusivamente não garante acabar com a candidíase. O alívio dela vem de cuidados integrativos, associando uma série de medidas ao tratamento da causa-base. “Essas medidas vão desde o uso de antifúngicos, passando pela correção de possíveis deficiências nutricionais, evitando alimentos ricos em carboidratos simples (açúcar, massa, pão branco) e equilibrando a flora intestinal com a ingestão de lactobacillus”, salienta a médica.
Fora isso, são fundamentais: usar preservativos (no caso da candidíase vaginal) e avaliar o perfil hormonal da mulher na menopausa. Nunca se automedique, tampouco interrompa o tratamento. Sem cuidados adequados, a infecção pode evoluir para algo pior? “Sim, pois pode causar septicemia, que é uma infecção grave e generalizada”, ela responde. A fitoterapeuta: Patrícia Machado.
HOMEOPATIA
“A homeopatia não se preocupa com o fungo, mas com o indivíduo”, adianta o médico homeopata Mário Ferrara. Segundo ele, acaba-se deixando de lado fatores emocionais que podem fazer da candidíase uma “válvula de escape”. Esse mecanismo é respeitado pelo médico, pois pode até mesmo estar maquiando doenças mais graves, como a depressão. “Quando se está vivendo uma situação sentimental mais delicada, libera-se uma série de substâncias que criam um campo favorável para a manifestação dos bichinhos que já estavam ali, que fazem parte de nossa vida”, alerta.
O tratamento homeopático prevê o princípio da ação e da reação,restaurando as condições orgânicas e imunológicas adequadas para que se continue convivendo com os fungos em harmonia. Busca-se uma formulação que mais se assemelhe ao estado do indivíduo no estágio da infecção. Ele afirma: “A partir do momento em que se tem um problema e relaciona a fonte do problema a você mesmo, passa- -se a observar tal problema de um outro modo, tomando o processo terapêutico como um todo”. O homeopata: Mário Ferrara Jr.
EQUINÁCEA: BENEFÍCIOS E PROPRIEDADES MEDICINAIS
A equinácea (Echinacea purpurea) é uma planta medicinal também conhecida como púrpura, purpúrea, flor-de-cone e flor-de-cone-roxo. Inclui as espécies medicinais Echinacea angustifolia(equinácea-folha-estreita) e Echinacea pallida (equinácea-roxo-pálido). Pertence a família Asteraceae.
Benefícios da equinácea
rizoma, as folhas, flores e sementes da equinácea são usadas na medicina popular. A planta fortalece o sistema imune. Pesquisadores da University of Connecticut School of Pharmacyrevisaram mais de uma dúzia de estudos sobre os efeitos da equinácea sobre o risco de se contrair resfriados em pessoas e concluíram que a Echinacea pode reduzir as chances de uma pessoa pegar um resfriado em cerca de 58%. O estudo foi publicado no The Lancet Infections Diseases (edição de julho de 2007)¹.
A equinácea também ajuda a regenerar células que foram danificadas. Ajuda a inibir a gangrena interna, produz uma atividade antitumor e dilata os vasos sanguíneos periféricos. A raiz fresca mastigada é boa para aliviar dores de dente. O líquido faz a limpeza bucal e combate gengivite e piorreia. A planta também é aplicada em mordidas venenosas de insetos, aranhas e cobras e também em feridas infectadas e com condições gangrenosas.
Contraindicações e efeitos colaterais da equinácea
O uso excessivo pode causar irritação na garganta, náuseas, vertigem e salivação excessiva. Não deve ser usada colhida selvagem.
História e curiosidades
O nome equinácea é de origem grega e significa “ouriço”, vez que faz menção ao formato pontudo e afiado dos receptáculos. A equinácea é nativa da América do Norte, sendo também muito popular na Europa e no resto da América. Era muito usada na medicina popular americana durante os anos 1920, mas entrou em desuso com a introdução de drogas modernas
.http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/equinacea-echinacea-purpurea.html
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