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Teste do Reflexo Vermelho: o que dizem os especialistas?
Teste do Olhinho.
O teste do reflexo vermelho (TRV), também conhecido como teste do olhinho, é uma ferramenta de rastreio de alterações que possam comprometer a transparência dos meios oculares e consequentemente o desenvolvimento visual da criança. É realizado pelo pediatra logo após nascimento e ao longo das consultas dos primeiros anos de vida. Trata-se de um exame rápido, indolor e de baixo custo. Em caso de alteração do TRV, o pediatra deve encaminhar o paciente para um oftalmologista para a confirmação diagnóstica.
A principal alteração de transparência dos meios oculares é a catarata, opacidade do cristalino. A doença pode afetar um ou ambos os olhos. A catarata infantil interfere no desenvolvimento visual da criança, pois o bebê quando nasce não tem a visão completamente desenvolvida como o adulto. Qualquer alteração que dificulte a experiência visual nessa fase da vida pode levar à cegueira irreversível se não tratada prontamente.
Outras doenças que podem ser suspeitadas pelo TRV são opacidades ou cicatrizes corneanas, alguns casos de glaucoma congênito (onde ocorre alteração da transparência da córnea) e o retinoblastoma (alteração da transparência do vítreo pelo tumor intraocular). Também permite identificar quadros de hemorragia e inflamação ocular importante, além de descolamento de retina grave.
O teste deve ser realizado pelo pediatra ainda na maternidade, utilizando-se um oftalmoscópio direto com a lente 0, posicionado a uma distância de aproximadamente 50 cm do rosto da criança, a 90º do paciente preferencialmente em condições de penumbra para facilitar a percepção do reflexo. Nenhum colírio precisa ser instilado para a realização do exame. A luz projetada nos olhos, atravessa as estruturas transparentes, se reflete na retina, e atravessa novamente as pupilas causando o reflexo vermelho, semelhante a um flash de câmera fotográfica. Ambos os olhos devem ser iluminados separadamente e também simultaneamente, permitindo não somente a identificação do reflexo mas também avaliação da sua simetria entre os olhos.
Para ser considerado normal, um reflexo vermelho deve estar presente em ambos os olhos e ser simétrico. Manchas escuras no reflexo vermelho, um reflexo acentuadamente diminuído, a presença de um reflexo branco ou assimetria dos reflexos são todas indicações para encaminhamento a um oftalmologista com experiência no exame de crianças. A exceção a essa regra é uma opacidade transitória do muco no filme lacrimal que é móvel e desaparece completamente com o piscar.
O estado do Rio de Janeiro foi pioneiro no Brasil no rastreio precoce das doenças oculares da infância. A Lei Estadual Nº 3.931 de 05 de setembro de 2002 instituiu a obrigatoriedade da realização do Teste do Reflexo Vermelho em bebês ainda nas maternidades, facilitando a identificação precoce de condições de risco para o desenvolvimento visual adequado. Desde então diversos municípios e estados da União tem legislação para a realização do TRV, mas ainda não existe até o momento uma legislação nacional que institui a obrigatoriedade do teste. No entanto, o mesmo já é recomendado pelo Portal de Boas Práticas em Neonatologia do Ministério da Saúde, constando igualmente da caderneta de saúde da criança.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar também incluiu o Teste do Olhinho no rol de procedimentos com cobertura obrigatória pelas operadoras de planos de saúde.
O TRV é extremamente importante para o rastreio precoce de doenças oculares, no entanto o exame não substitui o exame oftalmológico que todo bebê deve ser submetido no primeiro ano de vida. Erroneamente muitos acreditam que o teste sozinho é suficiente para garantir boa saúde ocular, o que acarreta diagnósticos tardios de condições potencialmente graves para o desenvolvimento visual.
Atualmente a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda para crianças de baixo risco além do teste reflexo vermelho ao nascimento, um exame oftalmológico em recém nascidos, outro entre 6 e 12 meses, e um exame entre 3 e 5 anos de idade (idealmente aos 3 anos). Crianças com doenças sistêmicas, alterações do desenvolvimento ou história familiar de doença oftalmológica podem precisar de exames mais frequentes.
https://jornaldomedico.com.br/2021/05/24/teste-do-reflexo-vermelho/?fbclid=IwAR2v7a4NHI6YLUWSn-GzVSy4TpEP49Kp1GjjcJrIB3BELkCcoz6E48Z8YYA
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