quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

BRUXISMO - TRATAMENTO HOMEOPÁTICO

BRUXISMO - TRATAMENTO HOMEOPÁTICO. CINA 200 CH, 5 gotas à noite. Veja-se neste blogue o artigo » TRATAMENTO HOMEOPÁTICO II –utilize o pesquisador do blogue. JOSÉ MARIA ALVES http://www.homeoesp.org. Publicada por José Maria Alves em ...
http://josemariaalves.blogspot.com/



O bruxismo, hábito de apertar e ranger os dentes é comum em cerca de 15% das pessoas. Esses pacientes podem sofrer fortes dores de cabeça, desgaste dos dentes e distúrbios da articulação mandibular. As causas deste problema podem ser a tensão emocional e o fechamento inadequado da boca."

Estes sintomas são comuns durante o sono. Ranger os dentes à noite e apertá-los durante o dia, formam um problema progressivo onde o paciente perde os parâmetros e só percebe que tem bruxismo se prestar atenção na própria tensão muscular ou se alguém ouvir o ranger noturno. O diagnóstico geralmente é feito depois que surgem algumas complicações.

Causas

O bruxismo é associado ao estresse em 100% dos casos. Todos os pacientes com sintomas de bruxismo têm aumento da tensão emocional. Um alinhamento incorreto dos dentes e fechamento inadequado da boca está presente na maior parte dos casos, mas dificilmente são suficientes para causar o problema na ausência de um aumento da tensão.


As dores de cabeça são comuns nos portadores de bruxismo. Elas surgem por contração excessiva dos músculos da mastigação, podendo atingir rosto, pescoço, ouvido e até ombros.

Outro problema decorrente do bruxismo é dor da articulação da mandíbula. Esta também pode sofrer estalos, travamento, restringir a abertura da boca e desviar para o lado ao abrir e fechar.

Também é freqüente a dor e o desgaste dos dentes. A dor é pior pela manhã e o desgaste pode chegar à gengiva. Em dentes mais frágeis, sejam eles cariados ou tratados, o ranger pode provocar a quebra. Traumas repetidos e inflamação da gengiva levam à perda do suporte ósseo dos dentes, que se tornam móveis.

CINA MARITIMA - MATÉRIA MÉDICA - HOMEOPATIA


CINA MARITIMA - MATÉRIA MÉDICA - HOMEOPATIA



A criança Cina é absolutamente insuportável.

De mau humor, resmunga. É desagradável e extremamente mal- humorada. Não gosta de ser acariciada. Rejeita os objectos que lhe dão. Não gosta que lhe toquem, que a observem e que se aproximem dela.

O sono é agitado: sobressaltos, ranger de dentes, gritos. Está assustada quando acorda. Rola a cabeça enquanto dorme.

A criança dorme em decúbito ventral – dorme deitada sobre o ventre.


Olheiras de cor azulada.


O paciente está sempre a coçar o nariz, acabando por o esfolar.


Dor de cabeça com sensação de peso. A cabeça é muito sensível ao toque.


Fome voraz, insaciável. Fome mesmo depois das refeições.

Boceja.

Vómitos.

Diarreia.

Vermes.


Dores constantes periumbilicais, que melhoram pela pressão.


Prurido no ânus.



Tosse seca, paroxística, que chega a sufocar o paciente, que agrava à noite, ao ar livre e quando bebe.


Incontinência à noite.


O pé esquerdo está sempre em movimento.



AGRAVA –
no Verão;
ao menor contacto;
à noite.


MELHORA –
quando se baixa.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Comentários

Professora Maria Lopes, Vejo que apesar da descrença de grande parte da nossa população na eficácia da homeopatia para a cura de doenças que às vezes se apresentam atípicas no contexto da literatura alopática, ela tem proporcionado maravilhosas curas não só das doenças do corpo como tb do espírito. A cura vem do Alto. Abçs.
Por Benito de Andrade em O Direito do Uso Popular da Homeopatia em 21/02/11


Ola amiga, sou a favor do uso da homeopatia como medicamento. Porém existem problemas na nossa cultura, tem pessoas que acham que homenpatia pode ser usada como água para beber, mas existem potentes antibióticos tanto na homenpatia como no chas que ingerimos no dia a dia. Agora estamos enfrentando problemas com a KPC no uso de medicamentos olopáticos. Esta em estudos o uso da homeopatia na medicina não só popular mas também para todos os brasieliros, mas istos tem que vir com regras rígidas, pois esta dificil de controlar o uso de antibióticos e deter a KPC.
Por Maria Luiza Silva em O Direito do Uso Popular da Homeopatia em 16/02/11



Saudações, é com o maior prazer que anunciamos o lançamento de um Curso de Especialista em Homeopatia Popular. A Homeopatia deve estar aberta a todos os interessados, os homeopatas não médicos devem ser bem formados, o que está em causa é a sua eficácia (será ela a sua avaliação), não a sua origem ou estatuto médico, ou não médico. Iniciativa conjunta das seguintes entidades: APH - Associação Portuguesa de Homeopatia; ABHP - Associação Brasileira de Homeopatia Popular; MHSF - o Movimento Homeopatas Sem Fronteiras Brasil. Para mais informações: APH e MHSF - http://homeopatiapopular.blogspot.com/ APH - http://aphomeopatia.weebly.com/

Fitoterapia


As Plantas Medicinais - Maria Lopes



0 Senhor produziu da terra os medicamentos; o homem sensato não os desprezará, aconselha o Eclesiástico, 38, 4; no entanto, muito antes desta alusão no texto sagrado à fitoterapia, ou medicação pelas plantas, já fora criado, divulgado e transmitido, entre as mais antigas civilizações conhecidas, o hábito de recorrer às virtudes curativas de certos vegetais; pode afirmar-se que se trata de uma das primeiras manifestações do antiquíssimo esforço do homem para compreender e utilizar a Natureza, como réplica a uma das suas mais antigas preocupações: a que é originada pela doença e pelo sofrimento.

É admirável que todas as civilizações, em todos os continentes, tenham desenvolvido, a par da domesticação e da cultura das plantas para fins alimentares, a pesquisa das suas virtudes terapêuticas. Mas é talvez ainda mais admirável que este conjunto de conhecimentos tenha subsistido durante milênios, aprofundando-se e diversificando-se, sem nunca, porém, cair totalmente no esquecimento.

A utilização das propriedades do ópio obtido da dormideira, 4000 anos antes de se conhecer o processo de extração da morfina, é, sob este ponto de vista, bem significativa da perenidade destes conhecimentos, que durante muito tempo permaneceram empíricos e que, desde há alguns séculos, o progresso das ciências modernas tornou mais rigorosos.

Mesmo atualmente, apesar do espectacular desenvolvimento da quimioterapia, a fitoterapia continua a ser muito utilizada, readquirindo até um certo crédito desde que foram divulgadas as conseqüências, por vezes nefastas, do abuso dos compostos químicos.

Para se ter uma visão de conjunto do progresso dos conhecimentos humanos referentes às plantas medicinais, devem distinguir-se três grandes períodos. Durante as Antiguidades Egípcia, Grega e Romana acumulam-se numerosos conhecimentos empíricos que serão transmitidos, especialmente por intermédio dos Árabes, aos herdeiros europeus destas civilizações desaparecidas.

A partir do Renascimento, estes sábios ocidentais aproveitarão utilmente a renovação do espírito científico e o surto das viagens dos Descobrimentos para desenvolver consideravelmente estes conhecimentos adqüiridos e dar início a uma ordenação rigorosa de todos os elementos saídos da experiência do passado.

Finalmente, e sobretudo desde o final do século XVIII, o progresso muito rápido das ciências modernas veio enriquecer e diversificar em proporções extraordinárias os conhecimentos sobre as plantas, os quais atualmente se apoiam em ciências tão variadas como a paleontologia, a geografia, a citologia, a genética, a histologia e a bioquímica.

Em 1873, o egiptólogo alemão Georg Ebers comprou um volumoso rolo de papiro; após ter decifrado a introdução, Ebers foi surpreendido por esta frase: «Aqui começa o livro relativo à preparação dos remédios para todas as partes do corpo humano.» Provou-se que este escrito era o primeiro tratado médico egípcio conhecido. Compunha-se de uma parte relativa ao tratamento das doenças internas e de uma longa e impressionante lista de medicamentos.

Atualmente, pode afirmar-se que, 2000 anos antes do aparecimento dos primeiros médicos gregos, já existia uma medicina egípcia, organizada como conjunto de conhecimentos e de práticas distintas das crenças religiosas. Duas das receitas incluídas no rolo de papiro de Georg Ebers são, efetivamente, consideradas como remontando à 6.ª dinastia, ou seja a cerca de 24 séculos antes do nascimento de Cristo! Sabe-se hoje que, na época do antigo Império Egípcio, o palácio do faraó mantinha um corpo de médicos, entre os quais se esboçavam já especializações como a odontologia e a oftalmologia. Muito tempo depois, em 450 a. C., Heródoto diria que «no Egipto cada médico só trata de uma doença, pelo que constituem uma legião ...». Aproximadamente na mesma época, o Templo de Edfu desenvolveu uma escola de medicina e mantinha um importante jardim de plantas medicinais.

De entre as plantas mais utilizadas pelos Egípcios, é indispensável citar o zimbro, as coloquíntidas, a romãzeira, a semente do linho, o funcho, o bordo, o cardamomo, os cominhos, o alho, a folha de sene, o lírio e o rícino. Um baixo-relevo proveniente de Akhetaton ostenta uma planta medicinal que posteriormente desempenhou um papel fundamental na farmacopeia da Idade Média: a mandrágora. Os Egípcios conheciam também as propriedades analgésicas da dormideira, utilizada na preparação do «remédio contra as crises anormalmente prolongadas».

Mais notável ainda é o conhecimento progressivamente adquirido das regras de dosagens específicas para cada droga; esta prática ampliou-se ao fabrico e à administração de todos os remédios e pode afirmar-se que nasceu assim a receita médica e a respectiva posologia.

Estes conhecimentos médicos iniciados no antigo Egipto divulgaram-se nomeadamente na Mesopotâmia. Em 1924, o Dr. Reginald Campbell Thompson, do Museu Britânico, conseguiu identificar 250 vegetais, minerais e substâncias diversas cujas virtudes terapêuticas os médicos babilônios haviam utilizado, especialmente a beladona, administrada contra os espasmos, a tosse e a asma; os pergaminhos da Mesopotâmia mencionam o cânhamo indiano, ao qual se reconhecem propriedades analgésicas e que se receita para a bronquite, o reumatismo e a insônia.

Foram sobretudo os Gregos, e mais tarde, por seu intermédio, os Romanos, os herdeiros dos conhecimentos egípcios, desenvolvendo-os até um elevado nível. Aristóteles, espírito universal, estudou história natural e botânica; Hipócrates, freqüentemente considerado «o pai da medicina», reuniu com os seus discípulos a totalidade dos conhecimentos médicos do seu tempo no conjunto de tratados conhecidos pelo nome de Corpus Hippocraticum: para cada enfermidade descreve o remédio vegetal e o tratamento correspondente. Catão, o Antigo, no século II a. C., mencionou no seu tratado De Re Rustica 120 plantas medicinais que cultivava no seu próprio jardim.

No início da era cristã, Dioscórides inventariou no seu tratado De Materia Medica mais de 500 drogas de origem vegetal, mineral ou animal; à semelhança dos seus predecessores, esforçou-se por ter em conta o maravilhoso e separar o racional do irracional. Esta preocupação científica nem sempre foi seguida por Plínio, o Antigo, cuja monumental História Natural contém por vezes descrições de algum modo fantasistas. Finalmente, o grego Galeno, cuja influência foi tão duradoura como a de Hipócrates, ligou o seu nome especialmente ao que ainda se denomina a «escola galênica» ou «farmácia galênica». Efetivamente, distingue-se o emprego das plantas «ao natural», ou seja sob a forma de pós, das «preparações galênicas», em que solventes como o álcool, a água ou o vinagre servem para concentrar os componentes ativos da droga, os quais serão utilizados para preparar ungüentos, emplastros e outras formas galênicas.

O longo período que se seguiu, no Ocidente, à queda do Império Romano, designado universalmente por Idade Média, não foi exatamente uma época caracterizada por rápidos progressos científicos. Os domínios da ciência, da magia e da feitiçaria tendem freqüentemente a confundir-se; drogas como o meimendro-negro, a beladona e a mandrágora serão consideradas como plantas de origem diabólica.

Assim, Joana d'Arc será acusada de ter «atormentado os Ingleses pela força e virtude mágica de uma raiz de mandrágora escondida sob a couraça». Contudo, não é possível acreditar que na Idade Média se perderam completamente os conhecimentos adqüiridos durante os milênios precedentes. Os monges, devido aos seus conhecimentos do latim e do grego, foram os detentores do saber da Antigüidade; grande número de mosteiros vangloriava-se dos seus «jardins dos simples», onde cresciam as plantas utilizadas para o tratamento dos doentes. Ainda atualmente se conserva a memória de Santa Hildegarda, a «santa curandeira», cujos tratados, conhecidos pelo nome de Physica, além de resumirem os conhecimentos antigos, trazem à luz, pela primeira vez, as virtudes de algumas plantas como a pilosela ou a arnica. No entanto, a medicina da Idade Média foi sobretudo dominada pela Escola de Salerno; os eruditos que ali trabalhavam deram a conhecer, por intermédio de sábios (Avicena, Avenzoar e Ibn-el-Beithar) e dos textos árabes, grande número de obras da medicina grega. Rogério de Salerno, no início do século XII, contribuiu para os consideráveis progressos da medicina do seu tempo.

Foi, no entanto, o Renascimento, com a valorização da experimentação e da observação direta, com o surto das grandes viagens para as Índias e a América, que deu origem a um novo período de progresso no conhecimento das plantas e das suas virtudes. No início do século XVI, o médico suíço Paracelso tentou descobrir a «alma», a «quinta-essência» dos vegetais, de onde irradiam as suas virtudes terapêuticas. Não dispondo, evidentemente, dos meios de análise que mais tarde seriam oferecidos pela técnica moderna, tenta aproximar as virtudes das plantas das suas propriedades morfológicas, da sua forma e cor: é a chamada «teoria dos sinais». O italiano Pier Andrea Mattioli, seu contemporâneo, comenta a obra de Dioscórides e descobre as propriedades do castanheiro-da-índia e da salsaparrilha-da-europa e descreve 100 novas espécies. Surgem os jardins botânicos: em 1544, Luca Ghini, professor em Bolonha, funda o de Pisa; em 1590, Veneza confia a Cortuso o de Pádua. Olivier de Serres reforma a agricultura francesa no reinado de Henrique IV, criando também, na sua propriedade de Pradel, em Vivarais, um admirável jardim de plantas medicinais, imitado algum tempo depois por Luís XIII, que funda em Paris o Jardim do Rei, predecessor do atual Museu Nacional de História Natural. É também nesta época que têm cátedra em Montpellier todos os grandes botânicos: Mathias de Lobel, Guillaume Rondelet, Charles de l'Écluse, Jean e Gaspard Bauhin, os quais impulsionam os grandes progressos da classificação sistemática dos vegetais, que se tornou cada vez mais indispensável pelo enorme conjunto de conhecimentos adquiridos.

O desenvolvimento das rotas marítimas, abertas a partir do final do século XV, coloca efectivamente a Europa no centro do Mundo; os produtos dos países longínquos abundam e, de entre eles, as plantas até aí desconhecidas, com virtudes por vezes surpreendentes; os conquistadores suportaram eles próprios a experiência das propriedades mortais do curare; a casca de quina é utilizada para fazer baixar a temperatura nas febres palúdicas muito antes de se ter conhecimento de como dela extrair a quinina; a América dá ainda a conhecer as virtudes anestésicas e estimulantes da folha de coca. No encalce dos descobridores prosseguem os exploradores, missionários como o padre Plumier, botânicos como Tournefort, que, em 1792, regressa do Oriente com 1356 plantas então desconhecidas na Europa.

Finalmente, os esforços de classificação culminam em 1735 com a publicação do Systema Naturae, de Lineu. O grande naturalista sueco adota como princípio de distinção e classificação a distribuição dos órgãos sexuais nas flores e as características dos órgãos masculinos, os estames. Para ele, os dois grandes ramos em que se divide o reino vegetal são o das Criptogâmicas, em que os estames e o pistilo são invisíveis a olho nu, e o das Fanerogâmicas, em que estes são visíveis. Dentro destas últimas, por sua vez, estabelecem-se 23 classes, segundo critérios morfológicos. Depois de Lineu, os trabalhos dos irmãos Jussieu, Joseph, Antoine e Bernard, bem como os do seu sobrinho, Antoine Laurent de Jussieu, desenvolveram ulteriormente a botânica descritiva e contribuíram para o aperfeiçoamento da classificação sistemática, sem terem esgotado todas as suas possibilidades.

Se se fizer uma retrospectiva do caminho percorrido desde as primeiras receitas conhecidas da época da 6.ª dinastia egípcia, verificar-se-á que foi uma longa caminhada; contudo, comprovar-se-á que ela sempre se desenvolveu na mesma direção, sem mudanças radicais. O catálogo das plantas medicinais enriqueceu-se, a descrição das características dos simples e a indicação das suas utilizações foram aprofundadas, a classificação das suas espécies foi feita com base científica. Todavia, nessa época continuam a desconhecer-se as leis da sua evolução e, o que é mais importante ainda, a sua estrutura íntima e os princípios que as fazem atuar no tratamento das doenças: sabe-se que têm determinados efeitos e pouco mais.

Esta revolução radical - o aprofundamento dos conhecimentos - vai realizar-se nos dois últimos séculos. O estabelecimento das grandes classificações, pondo em relevo as semelhanças que existem entre as várias espécies, apenas separadas por uma característica distinta, sugeria a idéia de uma evolução.

A paleontologia vegetal, ou estudo das floras antigas mercê dos restos fósseis, contribuiu, no início do século XIX, para numerosos conhecimentos de apoio a esta tese, conduzidos, nomeadamente, por Adolphe Brongniart. No final do século XIX, Gustave Thuret observava o processo da fecundação numa alga, a bodelha. Pouco tempo antes, ao fazer observações na ervilheira, o monge Mendel descobrira as leis das transmissões e das mutações hereditárias; os seus trabalhos foram esquecidos, e as leis que têm o seu nome voltaram a ser descobertas no início do século XX: nascera a genética. Todas estas matérias esboçavam uma história do reino vegetal e das suas espécies, enquanto Alphonse de Candolle e Henri Lecoq lançavam as bases de uma geografia dos vegetais, ou fitogeografia.

A utilização de microscópios desde meados do século XVII proporcionava um melhor conhecimento da complexa estrutura dos vegetais. Porém, os seus progressos, desencadeando um aprofundamento das observações, vão possibilitar, no início do século XIX, a determinação da noção de célula, o elemento fundamental de todos os tecidos, animais ou vegetais; são os primórdios da histologia, ou ciência dos tecidos. A partir de 1800, Lamarck passou a usar uma palavra nova - biologia -, aplicando-a ao estudo dos processos vitais dos reinos animal e vegetal. Nomeadamente os progressos da química, e em especial os da química da matéria viva, ou bioquímica, iriam possibilitar a identificação e isolamento dos componentes ativos das plantas medicinais. Redescobrem-se a dormideira dos Egípcios e a quina dos Incas, mas conhecendo-se agora o segredo da sua ação sobre o corpo humano.

Assim, no começo do século XIX, o químico alemão Sertürner isola a morfina do ópio extraído da dormideira; em 1817, os farmacêuticos Pierre Joseph Pelletier e Joseph Bienaimé Caventou extraem a emetina da raiz da ipeca; em 1818, a estricnina da noz-vómica, e, finalmente, em 1820, a quinina da quina. A partir de então, aprende-se a reconhecer as virtudes terapêuticas de uma planta em função dos compostos químicos que contém, e não das semelhanças que Paracelso julgara ter notado.

Muitos destes compostos podem atualmente ser reproduzidos artificialmente por síntese. Quererá isto dizer que as plantas, ao perderem o seu mistério, perderam também a sua utilidade? Será crível que os esforços do Dr. Cazin, no século XIX, ou do Dr. Leclerc, no século XX, para defender e tornar célebre a fitoterapia, estão condenados ao malogro? Assim não será, por diversos motivos. Por um lado, determinados compostos químicos descobertos nas plantas e utilizados em medicina não podem, por vezes, ser reproduzidos por síntese; por outro, alguns produtos de síntese só podem ser obtidos por meio de «precursores» vegetais. Assim, por exemplo, as plantas exóticas como o sisal e o inhame fornecem a matéria-prima básica indispensável para fabricar depois, por semi-síntese, algumas hormonas como a cortisona e os seus derivados. Finalmente, a droga vegetal é um produto vivo, de onde se deve concluir que esta "terapêutica suave" é mais bem tolerada pelo organismo do que as substâncias inteiramente sintéticas. A medicina pelas plantas: um longo percurso que não está ainda próximo do fim ...«Seleções do Reader's Digest»

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Próstata e a Homeopatia

A próstata é uma glândula masculina se abaixo da bexiga urinária com um volume e forma semelhante a uma castanha (20-25 gr.). A missão da próstata é a secretar um fluido que se mistura com o esperma antes da ejaculação (expulso), através do pênis. Este líquido é de cerca de 30% do volume de sêmen. Você serve com o transporte do veículo para que o esperma contém ácido cítrico, enzimas, cálcio e ICZN, este último provavelmente para proteger de infecções do trato genital.

Adenoma tumor epitelial, geralmente benigna, de estrutura semelhante a uma glândula. Tumor cuja principal característica é ter espaços alinhados com o epitélio.

Após essas definições nos referimos aos remédios homeopáticos principais utilizados para combater os vários sintomas da doença da próstata (adenoma de próstata, hipertrofia, perda de fluido da próstata, prostatite, etc) ..

Qualquer sintoma de consultar um homeopata ou profissional de saúde para que você possa estudar e analisar remédio homeopático adequado que é o mais adequado para você. Lembre-se que a homeopatia não cura doenças, mas doentes, e cada paciente é único.


Os remédios homeopáticos para a próstata
Sabal Serrulata
É uma das drogas mais importantes da hipertrofia da próstata, segundo alguns autores, "é maravilhoso, mesmo que não haja câncer" (Grimmer). Foi chamado o cateter "homeopático e pode evitar um grande número de casos, a cirurgia para este problema que tem vindo a ser utilizado na tintura-mãe, dando 5 ou 10 a 30 gotas de cada vez, uma a três vezes por dia algumas semanas ou meses ou 3AX, 3AC (muitas vezes melhor) ou o 1000 ou 10M. (Grimmer, Dixon, de acordo com o último não deve ser usado sob a 1000A.) Em pacientes idosos com hipertrofia da próstata e dificuldade de micção, pode mantê-los bem para o ano. Perda de líquido prostático. Aumento do desejo sexual e orgasmo. Hot testículos. Sinta-se muito espessa sémen sai lentamente, com sensação de calor local. Sinto muito puxando para cima os testículos, quase dolorosamente. Quente nos órgãos genitais. Ou testículos atrofiados diminuiu de tamanho (pode aumentar). Dor nas costas piora após próstata sexual.

Digitalis
Pós-Nefrite scarlatinal com anasarca e edema pulmonar. Nefrite crônica com edema e bradicardia. Latejante dor no pescoço da bexiga durante os esforços para urinar. Sensação de plenitude na bexiga, mesmo após a micção. Disúria com vontade constante de urinar, pior à noite, com tenesmo, urgência violenta, ineficaz, deixando pouca urina, quente, quente. Como se a uretra foram contratados; jato fraco. Grande vontade de urinar depois de passar algumas gotas, pingando em simultâneo com o desejo de defecar. Urina: espessa, turva, amarelo marrom, preto, acre, com sedimento pó de tijolo, com a albumina. Uremia. Micção involuntária. Enurese. É um dos medicamentos mais importantes para a hipertrofia da próstata (com Puls., Con e Bar_C.) Senil, com retenção urinária aguda ou fugas. Cistite.


Medorrhinum
Jato de próstata alargada fraco. Prostatite gonorréia suprimida. Emissões Nocturnal seguido de sêmen grande fraqueza aquosa sem roupa dura ou muito grosso você mal consegue sair, ou opaco fios brancos. Intensos e freqüentes ereções dia e noite, ou impotência, não ereções. Condiloma na glande e prepúcio. Os testículos e epidídimos são difíceis após uma gonorréia e inchado; supressão da gonorréia orquite, epididimite.

Próstata
No adenoma de próstata, a sua indicação principal, este fármaco tem sido utilizado com excelentes resultados (Bergeret e Tetau) com 6AC., 3 doses por semana, anotando em um a dois meses, uma significativa melhora clínica e normalização do fluxo urinário e de molhamento. Na prostatite, utilizá-lo no 200.

Pulsatilla
Interrupções urinárias e traços de hipertrofia da próstata, com corte a cada gota fora. Urgência. Retenção aguda de urina e doloroso, em recém-nascidos ou tomando frio, ou em crianças cada vez mais frio ou após o parto ou a hipertrofia da próstata, com dribles e involuntário sensação de plenitude na bexiga. Burning no meato uretral durante e após a micção. A incontinência urinária, micção involuntária durante a noite (enurese), tosse ou espirro, sentado, andando, a flatulência, se você segurar a vontade de urinar e durante a gravidez. Depois de dor, urinar espasmódica na bexiga. Hematúria; no final da micção; sedimentos sangrenta mucosa vermelha. Urina escura.
Alargada próstata, prostatite, pressionando a dor na próstata após a micção.

Barita
Doenças de idade, cardiovascular e cerebral, com aumento da próstata, endurecimento do testículo, a sensibilidade ao frio, os pés fraco e cansado, deve sentar-se ou descansar em alguma coisa. Os homens com máscara rígida. Mulheres humanas.

Selênio
Hipertrofia da próstata em idosos, endurecimento, dor ao urinar. Hidrocele. Gonorréia com secreção amarelada. Comichão no escroto. Queda de pêlos pubianos.

Thuya
Venda de sangue uretra após urinar. Próstata aumentada. Urina amarelo ou cor de vinho, sangue, aquosa, abundante e glicemia (diabetes); espuma muito persistente. Coceira na uretra formigamento voluptuoso na fossa navicular. Uretral quitação marillenta aguda ou crônica; blennorrhagic, esverdeada ou verde-amarelo, abundante, purulenta ou lacrimejantes, com o meato uretral colado à parte da manhã e inchaço e meato uretral.

Staphisagria
Fora do fluido prostático, especialmente quando se deslocam fezes duras.
Alargada próstata em idosos. Prostatite, gonorréia, por vezes, suprimidas. Prostate Pain, pior a pé.

MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
O medicamento homeopático é derivado de substâncias existentes na natureza, podendo estas serem de origem animal, vegetal ou mineral.
Estas substâncias são diluídas e dinamizadas; ou seja, são processadas (ou manualmente ou por aparelhos) sendo agitadas, de forma a liberarem energia; e é esta energia justamente que confere a estes medicamentos seu poder de curar.
Justamente por isto é que a nossa energia interna consegue ser influenciada pelo medicamento homeopático; ela é suscetível à outras formas de energia, razão pela qual o medicamento homeopático pode exercer sua ação sobre ela, regulando-a .
A dúvida que poderia ficar é de como um medicamento poderia sensibilizar uma energia, sem que formas químicas entrem em contato, como acontece com os medicamentos utilizados na alopatia.
Isso ocorre pois as substância consideradas simples (como são os medicamentos homeopáticos = energia), conseguem ter ação umas sobre as outras; e isso vemos a todo instante na natureza, sem, contudo, prestarmos atenção. Um exemplo bem fácil de ser entendido, seria o de um imã, que mesmo a distância, é capaz de deslocar um objeto, sem nenhum tipo de contato físico, nem direto, nem por meio de alavancas ou ferramentas. Isso ocorre por uma força "invisível" que estabelece a comunicação do imã com o outro objeto, permitindo que o imã exerça sua ação sobre este outro; a energia do imã conseguindo atrair dinamicamente o outro. Assim ocorre também quando olhamos para algo repugnante e sentimos vontade de vomitar; é unicamente o efeito dinâmico da cena agindo sobre a nossa imaginação; não temos no estômago nenhum corpo estranho nem nenhuma substância química levando-nos a essa reação.

Os medicamentos homeopáticos derivam de substâncias naturais, mas são manipulados de forma que contenham basicamente a força medicamentosa pura, do tipo não material ( a força energética), para produzirem efeitos dinâmicos, sem que haja contato com as partes materiais da substância medicamentosa. É justamente por isto que eles irão agir na nossa energia interna. É a força energética do medicamento dinamizado que constitui a força medicamentosa específica.

O medicamento homeopático dinamizado só é capaz de agir sobre aquele indivíduo com o qual tenha afinidade, ou semelhança. Por isto é fundamental que o indivíduo seja bem avaliado em todos os seus sintomas, por profissional abalizado no assunto.


O medicamento homeopático consegue agir sobre nossa energia vital, devolvendo-lhe o equilíbrio; justamente por ser dinamizado e portanto rico em energia. O que promove a cura não é a ação direta do remédio nos planos doentes, mas sim a sua ação em nossa energia interna que se encontra desequilibrada, ao restaurar o equilíbrio da nossa energia, permite que ela mesma expulse a doença.
É de fundamental importância que seu emprego se faça após criteriosa investigação do doente, como um todo; visto que o medicamento correto é escolhido com base na totalidade sintomático do indivíduo. Ou seja, para que ele surta efeito é necessário que ele seja bem escolhido, sempre se levando em conta todos os sintomas do indivíduo
Jamais um mesmo medicamento que alguém usa para determinado indivíduo doente sirva para outro indivíduo com a mesma doença, pois apesar da "doença" ser a mesma, os indivíduos são diferentes.
Quando um indivíduo se utiliza de um medicamento que não seja específico para ele, pode simplesmente não acontecer nada; ou ainda aparecerem outros sintomas, que serão específicos do medicamento. Por isto é muito importante que só utilizemos medicamentos homeopáticos com prescrição de um Homeopata; um Médico tradicional não tem conhecimento suficiente para realizar este tipo de avaliação e prescrição, a não ser que este tenha feito especialização em Homeopatia. Existindo no entanto Homeopatas das mais diversas áreas da Saúde, os Homeopatas não médicos.
A Homeopatia se constitui em uma especialidade, devendo somente ser exercida por quem estudou para isto.

Homeopatia a Arte da Cura

A Homeopatia enxerga o indivíduo como um todo, promovendo o seu tratamento geral, sem tratar somente do fígado, do dente, ou da mente do indivíduo, por exemplo.
Isto porque todos os indivíduos são controlados, em relação à sua saúde, sensações, medos, forma de reagir a estímulos, etc., por uma "força" interna.
Antes até do conhecimento médico, alguns povos "sabiam" da existência de uma força controladora, interna ou externa, e encaravam essa força como influência de Deuses, Planetas, Espíritos, etc.; havendo também quem a chamasse de Alma.
Desde os mais remotos tempos que filósofos e médicos de todas as épocas se perguntam como nosso corpo controla nossos processos vitais: nascimento, vida, morte e nossas "doenças", sendo de consenso comum que alguma "coisa" anima o corpo, pois o organismo humano não é só formado por componentes físicos.
Com isto chegou-se à idéia geral de uma força maior gerindo o corpo, idéias como esta datam desde antes de Cristo, e esse é o contexto de Energia Vital.
Até Platão (427 aC) reconhece sua existência, chamando-a de alma, quando diz: "Quando o todo se encontra em mau estado, é impossível que a parte se comporte bem...É da alma que vêm para o corpo e para o homem na sua totalidade todos os males e todos os bens. É pois da alma que é preciso, desde logo, cogitar, tratando-a antes de tudo. Constitui erro, hoje disseminado entre os homens, procurar curar separadamente a alma ou o corpo".
Hipócrates (460-377 aC) já impunha uma concepção totalitária da medicina ao considerar todo estado patológico como fenômeno geral, e os sintomas locais como manifestações secundárias. Afirmava também que não havia doenças, e sim doentes.
Aristóteles (384-322 aC) achava que todas as coisa tendiam à perfeição, e, por isso possuíam em si mesmas um princípio ativo que as conduzia a essa perfeição.
Mas foi Samuel Hahnemann quem postulou os princípios da homeopatia.

Remédios homeopáticos que tratam os sintomas da impotência sexual

Remédios homeopáticos que tratam os sintomas da impotência sexual (problemas de ereção) ou disfunção erétil. Estes sintomas incluem: impotência, falta de ereção ou ereção incompleta, ereção dolorosa, impotência crônica, ejaculação precoce, diminuição do desejo sexual, o pênis menino, e assim por diante.

Caladium

Os órgãos sexuais masculinos são o centro da ação Caladium. Impotência: não desejos sexuais, mesmo violenta, sem ereção, ou não desejos, sem ejaculação ou orgasmo durante a relação sexual, ou demasiado rápido.
Ausência de ereção peniana com relaxado ainda energizados (Calc.C., Sel.).

Ereções incompletas ou dolorosa, sem desejo. Ereções quando esta meia-vigília, desaparecem quando totalmente acordado. Impotência com depressão mental. Impotência após uma gonorréia. Provocando a pele parecer maior e relaxado, mole, frio, suado, espessura do escroto. Prurido e coceira com erupções escamosas no escroto, você acorda à noite. Glande vermelha e seca. Prepúcio retraído, pior depois do coito. Em espermatorreas e ejaculações na noite com o relaxamento total dos órgãos sexuais. Ejaculações não são sonhos, sem sonhos ou temas sexuais.

Agnus castus
Completa impotência, há ereções muito incompleto ou com os desejos sexuais muito reduzida ou ausente, pênis e testículos com frio e flácido, pênis pequeno, frio, relaxado. Especialmente na gonorréia crônica ou recorrente (v. 5).

Lycopodium
Os órgãos genitais masculinos são uma importante área de actividade de Lycopodium, bem como os sistemas digestivo e urinário. Distúrbios sexuais: há uma aversão ao sexo com penis boy, cool e descontraída, as ereções são incompletos ou ausentes, especialmente durante o coito. Impotência crônica, de longa data e é um dos medicamentos mais importantes deste problema, com diminuição ou ausência do desejo sexual (ou aumentada, mas sem ereção), com rugas ou genitais relaxado; nos jovens, por pxcesos sexo, ou idosos com fortes desejos e ereções imperfeito.



Selênio
A impotência com pensamentos eróticos e não ereções, o desejo sexual sem erecções erecções ou sem desejo, por vezes violentas.

Ereções incompletas durante a relação sexual, ejaculação precoce e orgasmo com muito prolongada. Sémen aquoso e inodoro. Espermatorréia quando os movimentos do intestino ou vazamento de sémen, especialmente para dormir. Cumshots para nutrir toque, ou inconsciente ou sem ereção. Com sonhos molhados emissões noturnas sem ereção. Priapismo, com testículos puxado para cima. Fraqueza (principalmente lombar) e irritabilidade após o coito.

Barita
A diminuição do desejo sexual. Impotência, ereção incompleta e ejaculação precoce. Impotência prematura. Adormecer durante o coito.

Kalium Phosphoricumm priapismo da manhã.
Impotência, sem desejos, com emissões noturnas dolorosas sem ereção. Grande prostração após o coito, com baixa visão. Cancros membro inferior.

Staphisagria
Idéias obsessões sexuais. Neurastenia sexual, impotência.

Castanha do Pará

Só uma castanha por dia
.....não mais do que isso, garante as doses de selênio de que seu corpo precisa para preservar cada célula, por para fora possíveis substâncias tóxicas e viver mais.
DIOGO SPONCHIATO

Cabe na palma da sua mão, e ainda sobra um espaço e tanto, a arma que vai superproteger as unidades microscópicas do seu organismo. Em segundos, ao mastigar uma única castanha-do- pará, você recarregará os níveis de um mineral extremamente importante para uma vida longa e saudável: o selênio. A pequena oleaginosa repõe a quantidade do nutriente necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação natural daquelas incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.

Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, atesta que a ingestão diária de duas castanhas-do- pará recentemente rebatizadas castanhas do brasil, eleva em 65% o teor de selênio no sangue. Mas provavelmente os neozelandeses não usaram o legítimo produto brasileiro. Ora, nós somos sortudos. É que as castanhas produzidas no Norte e no Nordeste do país são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia, diz a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora do Laboratório de Minerais da Universidade de São Paulo. E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso de 200 a 400 microgramas do bendito selênio. Aliás, o limite de consumo diário do mineral é de 400 microgramas, portanto, não vá com muita fome ao pote. No caso de uma criança, meia castanha seria suficiente, afirma Silvia Cozzolino, presidenta da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.

E por que toda essa fama do selênio? Ele é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres, responde Christine Thomson, a pesquisadora neozelandesa que investigou as propriedades da castanha. O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes, descreve, completando, Bárbara Cardoso.

Na ausência dele, as tais enzimas ficam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais e ainda desguarnecem as defesas do organismo.

O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, a pesquisadora Bárbara Rita Cardoso começa a estudar os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer. A gente desconfia que nesses pacientes os radicais façam maiores estragos, diz ela.

A tireóide também funciona melhor na presença do selênio, acrescenta Christine Thomson. Isso porque, se não houver esse elemento, ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado à capacidade de o organismo se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais pesados que se alojam nas células.

Apesar de tudo isso, o badalado selênio deve ser apreciado com moderação. Quando os especialistas recomendam uma castanha diária, é para segui-lo à risca. Acredite: o conselho não é nem um pouco mesquinho. Esse consumo ideal e comedido é que faz todas essas enzimas que dependem do
nutriente trabalharem de forma adequada, diz Bárbara. Em excesso, o selênio não vai potencializar sua ação. E o pior: mais cedo ou mais tarde, o exagero rotineiro vai revelar o lado negro da substância. Sim, ele existe: a toxicidade. Ela acontece se a pessoa ingerir mais de 800 microgramas por dia, adverte Silvia Cozzolino. É que o selênio tem efeito cumulativo, emenda Christine Thomson.

Isso não significa que abusar das deliciosas castanhas em uma happy hour com amigos traga grandes ameaças. De vez em quando, dá até para superar a quantidade recomendada. O perigo é comer essas oleaginosas além da conta todo santo dia. Quem experimentar ataques sucessivos de gula poderá sentir dor de cabeça, ficar com as unhas fracas e ver seus cabelos caírem. Mas, quem come dez castanhas hoje não vai se empanturrar delas amanhã, usa a lógica a expert em nutrição Silvia Cozzolino. No máximo, o preço desse pecado será um mau hálito parecido com o bafo de alho acredite!

Não corre o mesmo risco quem comer, vez ou outra, algum prato que leve a castanha na receita até porque, seja doce ou salgado, dificilmente uma porção reunirá tantas unidades. E saiba: nem o fogão nem a geladeira conseguem detonar as reservas de selênio. No dia-a-dia, nada melhor do que a praticidade de botar na mochila, no bolso ou na bolsa a sua estrela solitária. É saúde na medida certa!

Para chegar à quantidade de selênio de uma castanha-do- pará (de 5 gramas ), você teria que consumir, em média, o equivalente a...
3 filés de frango ( 100 gramas cada um)
16 pães franceses ( 50 gramas cada um)
100 copos de leite (200 mililitros por copo)
10 ostras ( 33 gramas cada uma)
3 latas de sardinha em conserva ( 130 gramas cada uma)

COMIDA ANTITÓXICA
Uma das principais benesses do selênio é a sua capacidade de desintoxicar o organismo. O mineral atua em mecanismos que favorecem a eliminação de metais pesados pelas fezes e pela urina, explica a nutricionista Bárbara Rita Cardoso. Esses metais nocivos, como o mercúrio e o arsênico, ficam impregnados no organismo quando, por exemplo, consumimos peixes de má procedência, que vieram de águas poluídas. E, daí, disparam inúmeros problemas em nossos tecidos, do envelhecimento ao câncer algo que é freado com o sistema de limpeza acionado pelo consumo da castanha.

SUPLEMENTAÇÃO, A POLÊMICA
A natureza oferece fontes de selênio, mas há quem prefira recorrer às cápsulas. Estudos recentes revelam que isso pode ser bobagem: o melhor seria buscar o mineral na comida mesmo. O selênio dos alimentos é mais bem absorvido pelo organismo, justifica o pesquisador Alexei Lobanov, do Departamento de Bioquímica da Universidade Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos. E, já que a quantidade de que precisamos nem é lá tão alta, a suplementação deveria ficar restrita a casos especiais.

TERRA BOA, FRUTO RICO
A concentração de selênio em um alimento depende do solo em que é cultivado. De acordo com o engenheiro agrônomo José Urano de Carvalho, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a castanheira, nativa da floresta Amazônica brasileira, além de ter uma incrível habilidade para extrair o mineral, comparada a outras espécies, encontra na terra de lá uma enorme quantidade de selênio. Por isso seus frutos são campeões no elemento. As castanhas-do- pará são cultivadas pra valer na região Norte, especialmente no cinturão amazônico, mas o Brasil já não lidera o ranking de produção da oleaginosa. Hoje é a Bolívia que ocupa o primeiro lugar, revela Urano.





Carlos J. D'Almeyda
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